terça-feira, 7 de dezembro de 2010

INTRODUÇÃO

            Compartilhar experiências com profissionais da área de educação e dar voz aos alunos para que possam expressar sua opinião sobre os métodos e tudo que envolve a educação em sala de aula se torna necessário e indispensável na formação de qualquer professor, é nessa perspectiva de desenvolver e melhorar a atividade de ensinar que este blog foi criado.
O presente Blog constitui parte das atividades necessárias da disciplina Estágio Supervisionado do Ensino II, do curso de Licenciatura em História da Universidade Tiradentes. Tem-se por objetivo relatar e compartilhar as experiências de sala de aula vividas pelos estagiários, demonstrando através dos conteúdos de sala de aula os métodos e resultados obtidos.
O Estágio Supervisionado do Ensino III foi realizado no colégio Dom Luciano José Cabral Duarte (ver foto 1) situado na Rua Itabaiana nº 855, bairro São José em Aracaju-SE, onde o mesmo funciona atualmente nos turnos da manhã, tarde e noite oferecendo o ensino fundamental maior, com as 8ª séries, e ensino médio, de 1ª a 3ª séries.

Foto 1 – Fachada da escola


Durante o turno da manhã, nos foi cedida à turma da 1ª série “K”, o professor regente da classe é Renaldo Ribeiro Rocha, que leciona nessa turma as quartas, das 13 horas e 50 minutos até as 15 horas e 30 minutos, totalizando duas aulas por semana.
Os conteúdos abordados nesse blog assim como os métodos utilizados se referem ao período de estagio já descrito acima, com um foco na cultura clássica, mais especificamente na cultura Grega e Romana discutindo alguns aspectos culturais que possam servir de herança para a sociedade atual.

CULTURA GREGA E O CAMINHO PARA DIFUSÃO

A história da Grécia antiga perpassa por duas principais cidades-estados, Esparta e Atenas. Essa duas cidades dominavam o cenário cultural Grego, a cidade de Esparta era uma cidade muito voltada para o militarismo, muito disso devido ao terreno onde se encontrava que dificultava o abastecimento da cidade e se fazia necessário conquistar territórios férteis. Além disso, exercia um governo autoritário e fechava-se em torno de si mesma, sendo a educação dos jovens feita pelo Estado que a partir dos sete anos de idade deixavam suas casas e famílias dirigindo-se para locais de treinamento militar.
Atenas, o avesso de Esparta, teve uma vida urbana e aberta as novidades, tendo a atividade comercial como base de sua economia. O comércio ateniense contribuía para abrir as portas da percepção de Atenas e assim conhecer novas culturas, já que faziam comércio com vários povos. Um importante aspecto da cultura ateniense é a democracia que atualmente é o modelo mais utilizado, porém com as adaptações necessárias para cada período.


Partenon de Atenas

A educação ateniense visava mais o desenvolvimento das aptidões de cada um, os garotos entravam nas escolas para estudar aritmética, literatura, música, escrita e educação física só sendo incorporado ao treinamento militar a partir dos 18 anos. Outro aspecto que chama atenção é a semelhança com relação ao tratamento dado as mulheres em Atenas e as mulheres em algumas sociedades atuais como, por exemplo, o Brasil do século XIX:

As mulheres de Atenas estavam reservadas apenas as funções domésticas. Os pais tratavam de casar logo as filhas adolescentes, as quais, após núpcias, ficavam sob o domínio total dos maridos. Nesse mundo masculino, ficar em casa e em silencio era o maior exemplo de virtude para representantes do sexo feminino.

As cidades-estados gregas conheceram a maioria dos sistemas de governos existentes hoje, a monarquia que inicialmente foi o modelo de governo de todas as polis; o governo oligárquico em que o poder ficava dividido entre pessoas que pertenciam a famílias importantes de uma cidade; a tirania ou o governo dos tiranos que se estabelecia e se mantinha no poder por meio da força; além da democracia que hoje é o principal modelo de governo adotado, guardadas as proporções de cada período.
Na primeira e segunda aula do estagio no dia 08/09/2010 foi discutido essas questões da cultura grega, onde foi utilizado um mapa da região para ilustrar o terreno ocupado pela Grécia no momento, o que contribui para entender as questões que impulsionaram a cultura das principais cidades-estados da Grécia, como já citado acima, além disso, por indicação do professor regente foi trabalhado um documentário que explora todas essas questões culturais da Grécia até o fim da Grécia das polis e o inicio do período macedônico.


Mapa da região ocupada pela Grécia Antiga


O fim da Grécia da polis, impulsionada pelas guerras entre gregos conhecida como guerra de Peloponeso, que colocava em guerra a Liga de Delos e a Liga de Peloponeso, lideradas por Atenas e Esparta respectivamente que vinham aumentando sua antipatia desde o fim das guerras medicas, vai ter como conseqüência a ascensão da Macedônia.
Esse novo povo que domina a região da Grécia vai promover um grande movimento de conquista de territórios tornando o império macedônico como um dos maiores da história e também um dos mais importantes por ter em sua expansão uma característica de difusão cultural, obtida e desenvolvida através da junção entre as culturas, grega e macedônica.
As conquistas de Alexandre Magno, filho de Filipe II que conquistou a região grega, promoveu a fusão das culturas das várias regiões conquistadas no Oriente com os valores gregos  e deu origem a cultura helenística, que teve como centro de difusão cultural Alexandria, no Egito, e Pérgamo, na Ásia Menor.
Os gregos alcançaram notável desenvolvimento  cultural e artístico. Sua produção tornou-se tão rica e fecunda que ultrapassou os limites do tempo e do espaço geográfico e influenciou toda a cultura ocidental e algumas sociedades orientais. Alguma das influencias culturais da Grécia são:

·         A filosofia com Platão, Sócrates e Aristóteles que até hoje são bastante estudados.


Sócrates, Platão e Aristóteles respectivamente

·         A matemática com Pitágoras tido como o pai da matemática, Euclides e Arquimedes.



·         A medicina com Hipocrates tido como o pai da medicina que já utilizava técnicas como examinar o aspecto dos olhos, a temperatura do corpo, examinar a urina e as fezes como forma de identificar uma doença, métodos que ainda hoje são utilizados.
·         Astronomia que mediu a distância  da terra com o sol e a lua
·         A Geografia com a divisão em meridianos e paralelos
·         As bibliotecas que faziam copais das obras para não se perder o conhecimento em caso de algum desastre
·         Mitos poéticos criados principalmente por Homero
·         A história que produziu obras, por exemplo, sobre as guerras medicas e sobre a guerra de Peloponeso.
·         O teatro, os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças de teatro da Grécia Antiga

                                                   Ruínas de um teatro grego


·         Esculturas, músicas, pintura e arquitetura


Imagem representando a arquitetura, a escultura, a música e a pintura


·         As olimpíadas criadas pelos gregos como forma de homenagear os deuses

                       Pintura em vaso grego representando as Olimpíadas Gregas


            Enfim são varias as contribuições da cultura grega para a sociedade atual. Esse conteúdo foi trabalho em sala de aula na terceira e quarta aula do estagio no dia 15/09/2010 através de imagens, que ilustram e exemplificam vários aspectos da cultura grega contribuindo para uma melhor analise da presença cultural grega na sociedade atual.
Os métodos utilizados para trabalhar o conteúdo da Grécia Antiga contribuem bastante para o entendimento, pois aproxima o aluno da cultura Grega e começam a enxergam as aulas e o conteúdo de história de uma maneira diferente. Percebem que mesmo se tratando de um período extremamente distante do atual, muitos aspectos da sociedade clássica foram deixados de herança para a sociedade atual.

ROMA, CIDADE ABERTA - PARTE 1

Roma foi o último grande império do mundo antigo. Com exércitos poderosos dominaram terras que antes pertenciam a gregos, egípcios, mesopotâmios, persas e muitos outros povos. Com quase 1 milhão de habitantes. Roma transformou-se na maior cidade da Antiguidade. Para lá se dirigiam pessoas dos lugares mais distantes, levando suas culturas. O poder do império construído pelos romanos era tão grande que acabou se tornando uma referência para todo o mundo ocidental, mesmo séculos depois de ter chegado ao seu final.
Origem de Roma: explicação mitológica
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo (anexo). Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
           
Origem de Roma: explicação histórica
De  acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da península itálica: gregos, etruscos (anexo) e italiotas (anexo). Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia. A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.

Localização
Roma é capital da Itália, país europeu localizado em uma das penínsulas do Mar Mediterrâneo. Trata-se da Península Itálica, situada na cordilheira dos Alpes e banhada pelos mares Adriático, Tirreno e Jônico.

 Período Monárquico: o domínio etrusco
Muitas das informações sobre o período Monárquico fundamentam-se nas lendas contadas pelos romanos. Nessa época, a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes origens; os últimos de origens etruscas devem ter dominado a cidade por cerca de cem anos. Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.
Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada:
  • Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado.
  • Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos.
  • Clientes: era homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente um patrício de posses.
  • Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito civil ou político.

O último rei etrusco foi Tarqüínio, o Soberbo. Ele foi deposto em 509 a.C., provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor dos plebeus. No lugar de Tarqüínio, os patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules. Com isso, terminava o período Monárquico e tinha inicio o período Republicano.
Período Republicano
República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública”. Durante a passagem da monarquia para a república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as instituições políticas. Concentrando o poder religioso, político e a justiça, eles exerciam o governo procurando se beneficiar. Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército.
Organização política e social na república
Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.
Reprodução de uma sessão do Senado romano
À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.) Durante esses dois séculos, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus.
Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo. Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais.
A estrutura do poder na República Romana
  • Cônsules: chefes da República, com mandato de um ano; eram os comandantes do exército e tinham atribuições jurídicas e religiosas.
  • Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram vitalícios. Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas decisões acerca da política interna e externa.
  • Magistraturas: responsáveis por funções executivas  e judiciária, formadas em geral pelos patrícios.
  • Assembléia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das leis e era responsável pela eleição dos cônsules.
  • Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e era responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo).
 A expansão das fronteiras romanas
Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque  dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e  ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.
O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos).
As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”).
 Período de instabilidade política
Com o fim das Guerras Púnicas, em 146 a.C., iniciou-se um período de intensa agitação social. Além dos escravos, povos da Península Itálica também se revoltaram, só que exigindo o direito à cidadania romana. A expansão das conquistas e o aumento das pilhagens fortaleceram o exército romano, que então se colocou  na luta pelo poder. Assim, esse período ficou marcado por uma acirrada disputa política entre os principais generais, abrindo caminho para os ditadores.  Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que, após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício.
Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma político-administrativa, distribuiu terras entre soldados, impulsionou a colonização das províncias romanas e realizou obras públicas. O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C. Os generais Marco Antonio, Lépido e Otávio formaram, então, o Segundo triunvirato, impedindo que o poder passasse para as mãos da aristocracia, que dominava o Senado. A disputa pelo poder continuou com o novo triunvirato. Em 31 a.C., no Egito, Otávio derrotou as forças de Marco Antônio e retornou vitorioso a Roma. Fortalecido com essa campanha, Otávio pôde governar sem oposição. Terminava, assim, o regime republicano e iniciava o Império.

O Império Romano
Após vencer Marco Antonio, Otávio recebeu diversos títulos que lhe conferiram grande poder. Por fim, em 27 a.C., o senado atribuiu-lhe o título de Augusto, que significava consagrado, majestoso, divino.
O período Imperial, tradicionalmente, costuma ser dividido em dois momentos:
  • Alto Império: período em que Roma alcançou  grande esplendor (estende-se até o século III d.C.)
  • Baixo Império: fase marcada por crises que conduziram a desagregação do Império Romano (do século III ao século V).
Alto Império
Augusto, durante seu governo (27 a.C. a 14 d.C.), adotou uma série de medidas visando controlar os conflitos sociais, solucionar problemas econômicos e, com isso, consolidar o império fazendo com que  Roma atingisse seu apogeu e vivesse um longo período de prosperidade e de relativa tranqüilidade social, também conhecido como Pax Romana. Isso foi possível porque o imperador Otávio abandonou a política agressiva de conquistas, promoveu a aliança  entre aristocracia e os cavaleiros (plebeus enriquecidos) e apaziguou a plebe com a política do “pão e circo” (panem et circenses) (anexo), que consistia em distribuir trigo para a população carente e organizar espetáculos públicos de circo.
Do governo de Augusto aos dois séculos que se seguiram, o Império Romano, por meio de conquistas militares, ampliou ainda mais o seu território. Seus domínios estendiam-se pela Europa, Ásia e África.
As conquistas abasteciam o império não apenas de riquezas e terras, mas também de escravos, principal mão-de-obra e todas as atividades, tanto econômicas quanto domésticas. A comunicação entre Roma, o centro do vasto império, e as demais regiões era garantida pela existência de uma extensa rede de estradas. Daí provém o famoso ditado: “Todos os caminhos levam a Roma”. As estradas romanas, além de possibilitar a comunicação entre as diferentes regiões do império, facilitavam a movimentação de tropas e equipamentos militares, contribuindo para o sucesso das campanhas.
Baixo Império
Essa fase foi marcada por crises em diferentes setores da vida romana, que contribuíram para pôr fim ao grande império. Uma das principais crises diz respeito à produção agrícola. Por séculos, os escravos foram a principal mão-de-obra nas grandes propriedades rurais. Entretanto, com a diminuição das guerras, o reabastecimento de escravos começou a ficar difícil. Alem disso, com o passar do tempo, os romanos tornaram-se menos hostis  aos povos conquistados, estendendo a eles, inclusive, parte de seus direitos, ou seja, os povos dominados deixaram de ser escravizados.
Essas circunstâncias colaboraram para transformar a produção no campo. Por causa dos custos, muitos latifúndios começaram a ser divididos em pequenas propriedades. Nelas, o trabalho escravo já não era mais tão importante. Nessa época, os lucros com a produção agrícola eram baixos. O lugar dos escravos passou a ser ocupado, aos poucos, por camponeses, que arrendavam a terra em troca da prestação de serviços nas terras do proprietário. Havia também os colonos que, sem poder abandonar a terra, não tinham direito à liberdade, pois estavam ligados a ela por lei e por fortes laços pessoais.
O centro d produção rural era conhecido como Villa. Protegido por cercas e fossos, era habitado pelos donos das terras e todos aqueles que dela dependiam. Ao mesmo tempo em que a vida no campo se transformava, um grande número de pessoas começou a deixar as cidades em direção ao campo, provocando a diminuição do comércio e da produção artesanal. Para uma população empobrecida, as cidades já não representavam mais uma alternativa de vida. Arrecadando menos impostos pela diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão de povos inimigos.

Detalhe de um monumento (arco) erguido pelo imperador Constantino. Nele está retratada a ação dos exércitos romanos nas fronteiras do império contra povos inimigos. Eles tomam de assalto às muralhas de uma cidade.
Divisão do Império
Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do ocidente, com capital em Roma; e  Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Com essa medida, acreditava que fortaleceria o império. Achava, por exemplo, que seria mais fácil proteger as fronteiras contra ataques de povos invasores. Os romanos chamavam esses povos de bárbaros, por terem costumes diferentes dos seus.
A divisão estabelecida por Teodósio não surtiu o efeito esperado. Diversos povos passaram a ocupar o território romano. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e, comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augústulo.
Costuma-se afirmar que esse acontecimento marca a desagregação do Império Romano marca a desagregação do Império Romano. Na verdade, isso refere-se ao Império Romano do Ocidente , pois  a parte oriental ainda sobreviveu até o século XV.
Embora as invasões de povos inimigos tenham papel decisivo no fim do Império Romano do Ocidente, outras circunstâncias  também foram determinantes, tais como:
  • elevados gastos com a estrutura administrativa e militar;
  • perda do controle sobre diversas regiões devido ao tamanho do império;
  • aumento dos impostos dos cidadãos e dos tributos dos vencidos;
  • corrupção política;
  • crise no fornecimento de escravos com o fim das guerras de expansão;
  • continuidade das lutas civis entre patrícios e plebeus;
  • a difusão do cristianismo.

O fim do poderio romano constituiu um longo processo, que durou centenas de anos. A partir daí, começou a se formar uma nova organização social, política e econômica, o sistema feudal (link para feudalismo), que predominou na Europa ocidental até o século XV.

Como vivia o povo romano na Antiguidade
Para o povo romano a vida urbana era um padrão a ser seguido até mesmo pelos camponeses que visitavam Roma ocasionalmente. Além de centro político, administrativo, econômico e cultural, a cidade de Roma foi palco de inúmeras diversões populares como teatro, as corridas de biga (anexo), os jogos de dados e as lutas de gladiadores, uma paixão nacional. As habitações da maioria dos romanos eram simples. A população mais pobre vivia em pequenos apartamentos, em edifícios de até seis andares, que apresentavam riscos de desabamento e incêndio. Apenas uma minoria vivia em casas amplas e confortáveis, com água canalizada, rede de esgoto, iluminação por candelabros, sala de banhos e luxuosa decoração interior.

A infância em Roma

Assim como na Grécia, a educação dos romanos variava de acordo com a classe social e o sexo. Os meninos das classes privilegiadas aprendiam a ler e a escrever em latim e grego com seus preceptores, isto é, com professores particulares. Além disso, deviam ter conhecimentos de agricultura, astronomia, religião, geografia, matemática e arquitetura. Em relação aos meninos das classes menos abastadas, isso mudava de figura. A maioria, que não podia dispor de tempo integral para os estudos, dedicava-se ao trabalho agrícola ou artesanal.
O abandono de crianças, tão comum nos dias de hoje, também existia na Roma Antiga, e as causas eram variadas. Abandonados, meninos e meninas estavam destinados à prostituição ou à vida de gladiadores, treinados para enfrentar leões, tigres e outros animais perigosos. Outros ainda se tornavam servos.  Ricos e pobres abandonavam os filhos na Roma antiga. As causas eram variadas: enjeitavam-se ou afogavam-se as crianças malformadas, os pobres, por não terem condições de criar os filhos, expunham-nos, esperando que um benfeitor recolhesse o infeliz bebê, os ricos, ou porque tinham duvidas sobre a fidelidade de suas esposas ou porque já teriam tomado decisões sobre a distribuição de seus bens entre os herdeiros já existentes.
Importante assinalar que, na Antiguidade, grega e romana, o infanticídio era praticado. A legislação da Roma imperial tentou condenar essa prática, e o imperador Constantino, desde 315 – reconhecendo a importância do fator econômico na prática do abandono por pais extremamente pobres -, procurou fazer funcionar um sistema de assistência aos pais, para evitar que vendessem ou expusessem seus filhos. Depois de 318 o infanticídio passou a ser punido com a morte.

Os trabalhadores de Roma

Em Roma, como nas demais cidades do Império, existiam diferentes  tipos de trabalhadores, como carpinteiros, marceneiros, cesteiros, ceramistas, caldeireiros. Toda a produção desses trabalhadores era vendida nas lojas das cidades. É preciso lembrar que grande parte do trabalho na cidade era executada por escravos. Em sua maioria prisioneiros de guerra, eram eles os responsáveis por qualquer tipo de trabalho, desde os artesanais até os domésticos.

O papel das mulheres
As mulheres, independentemente da classe social a que pertenciam, eram educadas primeiramente para ser esposas e mães. Era responsabilidade das mulheres mais abastadas a administração de suas casas, dos escravos e a criação dos filhos. Em hipótese alguma poderiam participar das decisões políticas. Além disso, deveriam ensinar às suas filhas a arte de fiar, tecer e preparar a comida.
As mulheres de classes menos favorecidas podiam trabalhar ao lado de seus maridos ou administrar seu próprio negócio, quando solteiras. Existia ainda um grupo de mulheres virgens que dedicava toda a vida a zelar pela chama sagrada de Vesta, deusa do fogo,. As vestais, como eram chamadas, deixavam suas famílias entre os 6 e os 10 anos para passar aproximadamente 30 anos vivendo ao lado do templo, sem que pudessem casar. Diferentemente de outras mulheres, as vestais não tinham de obedecer aos pais ou maridos, possuíam o direito de se sentar nos melhores lugares nas lutas de gladiadores e eram tratadas com respeito pelo sexo oposto.
  

O direito romano

Desde criança, o romano era educado para atender as necessidades do estado e respeitar as tradições e os costumes. Uma série de normas regia a conduta dos cidadãos tanto na vida familiar como na vida pública. Daí surgiram leis que orientavam as relações entre os indivíduos. Reunidas, essas leis formaram códigos jurídicos, que deram origem ao Direito Romano.
O Direito Romano dividia-se em duas esferas: a pública e a privada. O Direito público era composto pelo Direito civil, válido para os cidadãos romanos, e pelo Direito estrangeiro, válido para os povos conquistados. O Direito privado regulava as relações entre as famílias. O Direito foi uma das grandes contribuições dos romanos para as sociedades ocidentais. Seus fundamentos, adaptados e reelaborados, foram adotados por diversos povos, servindo de base até hoje para muitas sociedades.

A cultura romana

A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Os balneários (casas de banhos) romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.

Balneário romano

A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol. A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo.

Literatura, arquitetura e arte

A mais conhecida obra literária dos romanos é Eneida. Ela foi escrita pelo poeta Virgílio, a pedido do imperador Augusto. A intenção de Virgílio em Eneida é glorificar a cidade de Roma. O livro, escrito em forma de versos, narra a lenda do herói troiano Enéias. Segundo a história de Virgílio, Enéias teria fugido para a península Itálica depois da Guerra de Tróia. Lá teria fundado Alba Longa, o reino pertencente ao avô de Rômulo e Remo, fundadores lendários de Roma.
            A Roma declamada por Virgílio tinha a missão divina de proporcionar paz e vida civilizada ao mundo. O imperador Augusto, por sua vez, era o designado pelos deuses para tornar a realidade essa missão. A arte romana foi influenciada tanto por etruscos, um dos povos que ocuparam a península Itálica, quanto por gregos. Na arquitetura, por exemplo, os romanos herdaram dos etruscos o arco e a abóbada, que aperfeiçoaram, além de desenvolver novas técnicas de construção; dos gregos aproveitaram as colunas.
               
                Na escultura, as principais obras romanas foram as estátuas eqüestres e os bustos.

Estátua eqüestre do Imperador Marco Aurélio

ROMA, CIDADE ABERTA - PARTE 2

Religião Romana
No culto familiar uma prática muito comum era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família. Os deuses protetores da família eram os Lares.  Os bens e os alimentos estavam sob a proteção de divindades especiais, os Panates ou Penates. Esses deuses eram cultuados pelo chefe da família junto à lareira, onde o fogo permanecia sempre aceso. Durante as refeições, os romanos espalhavam junto ao fogo migalhas de alimentos e gotas de leite e de vinho, como oferendas às divindades. Com isso, acreditavam  conseguir a proteção dos deuses. Nas festas familiares oferecia-se aos deuses o sacrifício de um animal (boi, carneiro ou porco), que depois era dividido entre todas as pessoas da família.
Além dos deuses ligados a família, havia os que eram cultuados pelos habitantes da cidade. O culto público era organizado pelo Senado. Com ele, os fiéis esperavam  obter dos deuses boas colheitas ou vitórias nas guerras.
Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias do império romano.
Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram a religião politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica. Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica.
            Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem deuses. Esta prática começou a partir do governo do imperador Júlio César (anexo). Diferentemente da crença grega, os deuses romanos não agiam como mortais, isto é, não tinham como os homens e os deuses gregos, virtudes e defeitos. Por isso não há relatos das suas atividades, como na mitologia grega.
No início da Idade Média, com seu significativo crescimento, o cristianismo absorveu todas as crenças e outras práticas ligadas à religião desenvolvida pelos romanos e passou a ser considerada religião oficial do Império Romano, desta forma  a prática do politeísmo foi, aos poucos, sendo abandonada.
O cristianismo
No período Imperial surgiu em Roma uma nova religião: o cristianismo. Monoteísta, essa religião pregava a salvação eterna, isto é, o perdão de todos os pecados e a recompensa de viver no paraíso após a morte. Seu deus era um só – Deus - e Jesus Cristo, seu filho, era o messias que tinha sido enviado à Terra para difundir seus ensinamentos.
Economia
A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos. Tudo isso para facilitar as trocas comerciais entre as várias regiões. Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo.
Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos, utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da Ásia e do norte da África. O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império.
A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários.
Moeda romana em ouro representando as duas faces de Janus - 225-212 a.C.
O exército romano
As conquistas do Império Romano deveram-se principalmente à firmeza e à disciplina de seus exércitos. A maior unidade de exercito era a legião, que contava com 4.800 soldados cada uma. No apogeu do Império, a Paz Romana era defendida por trinta legiões, ou seja, 144 mil soldados.

Os legionários eram muito hábeis na construção de pontes flutuantes para atravessar os rios. Essas pontes e a capacidade de manter um ritmo de marcha de mais ou menos 32 quilômetros por dia permitiam que as legiões se movimentassem muito depressa. O legionário protegia-se com um capacete e uma e uma couraça. As pernas e os joelhos também tinham proteção. No braço esquerdo usava um escudo de madeira coberto de couro. Nos pés calçava sandálias de couro com pregos de ferro nas solas.

As armas ofensivas eram três: o pilo (tipo de lança com cerca de dois metros), o gládio (espada curta de lâmina pontiaguda com dois gumes) e o punhal.

Gládio romano

Faziam parte também, do equipamento do legionário utensílios e ferramentas (cantil, caçarola, marmita, pá, enxada, foice, etc.), além de alimentos (cereal), roupas e um estojo de primeiros-socorros. Todo equipamento pesava cerca de 40 quilos e era transportado numa espécie de armação de madeira e metal em forma de T.
A maioria dos soldados no tempo do império  eram voluntários, isto é, alistavam-se no exército porque queriam e não porque fossem obrigados. Para ser legionário era preciso ser  cidadão romano e ter pelo menos 1,74m de altura. O candidato quando aceito, ia para um acampamento onde treinava marcha, cavalgada, nado e combate.
        
O coliseu

O Coliseu, em Roma
 Mundialmente conhecido, o Coliseu, construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído, durante o governo de seu filho Tito, é um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga. A parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado; nas três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos, e na quarta, pequenas janelas retangulares.
Os assentos eram de mármore e a escadaria  ou arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a meaniana, setor destinado à classe média; e os pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ficava no podium e era ladeada  pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Por cima dos muros ainda se podem ver as bases de sustentação da grade de cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores. Para evitar problemas nas saídas dos espetáculos, os arquitetos projetaram oitenta escadarias de saída. Em menos de três minutos, o Coliseu podia ser totalmente evacuado. Suas arquibancadas tinham capacidade para 80  mil pessoas.
O Coliseu de Roma foi construído sobre o lago da casa de Nero, a Domus Áurea e ficou conhecido como Colosseo (Coliseu) porque ali foi achada a estátua gigante (colosso) do imperador.  Conta a história que os gladiadores lutavam na arena e que o Coliseu, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões. Para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras, em 80 d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores.
As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de uma clima misterioso e símbolo do Império Romano e da cidade eterna.
Roma hoje
Com uma população de quase 3 milhões de habitantes, Roma é a capital da Itália. Nela situa-se o Vaticano, território independente, sede da igreja católica, e onde reside o papa.

Ao fundo, a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Construída  no século XVII por Bernini, pintor, escultor e arquiteto italiano. A obra apresenta uma perfeição técnica considerada inigualável.


Colunata da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
As praças e ruas do centro histórico romano são consideradas o maior museu ao ar livre do mundo. Igrejas, edifícios, estátuas, monumentos formam um inestimável tesouro de arte e cultura. Milhões de turistas visitam a cidade  todos os anos. Quase 12 mil pessoas, entre técnicos, funcionários da administração, vigias e operários, tem como única ou principal atividade a proteção e a conservação do patrimônio artístico e cultural da cidade. Apesar disso, os edifícios históricos e as obras de arte estão seriamente ameaçados.
Um dos maiores inimigos dos monumentos históricos de Roma é a poluição causada pela fumaça lançada dos veículos. Ela provoca uma reação química que esfarinha as pedras, mesmo as mais duras e resistentes. A velocidade da corrosão já foi até calculada: é de 5 milímetros em cada trinta anos. Esse ritmo vem arruinando baixos-relevos, colunas, portas e esculturas de valor inestimável. O governo italiano está investindo para restaurar esse patrimônio. Mas restaurar não é suficiente: é preciso conservar. Para isso, estão sendo tomadas medidas para que a área do centro histórico romano deixe de ser uma das poluídas da Europa.
O Estágio foi realizado no Colégio Dom Luciano Cabral Duarte. Nos  proporcionando dois horários juntos, que assim facilitou e dinamizou o assunto nas horas abordadas. Os estagiários Jorge Duarte Bomfim e Gustavo Cabral Marins desenvolveram as aulas sobre o capítulo Roma, Cidade Aberta do livro A escrita da história: ensino médio, de Flávio de Campos. Onde explanaram os aspectos políticos, sócio-econômicos e culturais, buscando utilizar a viés da cultura romana pelo fato de ela está intrínseca nas características que ainda perpetua o Ocidente.
No dia 06/10/2010 foi trabalhado em sala de aula o assunto sobre Roma, Cidade Aberta. Na perspectiva da Origem de Roma e Fundação expondo os aspectos da República Romana. Usando fotografias, quadro e o livro didático como recursos para melhor desenvolvermos o trabalho estabelecido no plano de aula. Dentro das competências buscamos caracterizar e compreender a Origem Romana através da Fundação da Cidade. Enumerando e analisando os pontos principais que sobressaem nas heranças e na cultura da República Romana para os dias atuais. Sistematizamos e conceituamos os assuntos abordados em aula para contribuir na formação dos alunos dos conceitos romanos sobre a República Romana.
No dia 13/10/2010 trabalhamos em sala de aula os assuntos, As conquistas Romanas (Guerras Púnicas), Repercussões das Conquistas e A Escravidão. Pedimos que os alunos realizassem exercícios em salas de aula sobre o assunto proposto a fim da aula com a permissão do professor regente. Onde pudessem caracterizar e identificar as heranças das conquistas e da escravidão romana que também influenciou no território brasileiro num dado período histórico. Utilizamos a metodologia sistemática e analítica para melhor entender o processo de como se dava a escravidão romana. Dando continuidade a aula expositiva na segunda hora/aula sintetizamos o Latifúndio e a marginalização da plebe, a tentativa da Reforma Agrária e a crise na república utilizando os métodos descritos acima. Onde se firma a aliança da herança cultural preconcebida por Roma. É importante destacar a relação entre Latifúndio e a tentativa de Reforma Agrária, com isso é necessário salientar como se deu o processo de difusão da herança romana que nos dias atuais está vigente na política pública.
No dia 20/10/2010 conceituamos a Força dos Generais, a formação do Triunvirato e o Alto império – o apogeu (séculos I a.C. – III d.C.). Buscamos contribuir com maior facilidade o entendimento das relações entre eles. Usamos a forma mais acessível ao compreendimento de como se deu as conquistas territoriais e identificamos a importância política no desenvolvimento da Cidade Estado de Roma. Aplicamos exercícios de fixação onde foi discutido e corrigido em sala de aula. A utilização de um mapa (do jogo WAR) sobre os territórios romanos no período dos generais viabilizou o processo do ensino e do saber dinamizado. Nos debates orais sobre o Alto império estabelecemos critérios que contribuirão para o compreendimento do Baixo Império, posteriormente abordado.
No dia 27/10/2010 demos continuidade sobre os critérios que encaminharam ao Baixo império com a aplicação do exercício em sala de aula. Tratando do Baixo Império em detrimento do Alto Império. Identificamos e conceituamos os dois períodos através de sua administração política. Foi através do baixo império que se deu a difusão do cristianismo, com isso ocasionou as transformações políticas e culturais do Baixo Império. Identificamos o politeísmo anterior ao surgimento do cristianismo que determina o monoteísmo quebrando as crenças culturais existentes e evidenciadas através dos templos e dos grandes representantes romanos. Portanto, através da determinação do cristianismo é que perpassa as normas dogmáticas e culturais no Ocidente.