terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ROMA, CIDADE ABERTA - PARTE 2

Religião Romana
No culto familiar uma prática muito comum era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família. Os deuses protetores da família eram os Lares.  Os bens e os alimentos estavam sob a proteção de divindades especiais, os Panates ou Penates. Esses deuses eram cultuados pelo chefe da família junto à lareira, onde o fogo permanecia sempre aceso. Durante as refeições, os romanos espalhavam junto ao fogo migalhas de alimentos e gotas de leite e de vinho, como oferendas às divindades. Com isso, acreditavam  conseguir a proteção dos deuses. Nas festas familiares oferecia-se aos deuses o sacrifício de um animal (boi, carneiro ou porco), que depois era dividido entre todas as pessoas da família.
Além dos deuses ligados a família, havia os que eram cultuados pelos habitantes da cidade. O culto público era organizado pelo Senado. Com ele, os fiéis esperavam  obter dos deuses boas colheitas ou vitórias nas guerras.
Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias do império romano.
Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram a religião politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica. Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica.
            Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem deuses. Esta prática começou a partir do governo do imperador Júlio César (anexo). Diferentemente da crença grega, os deuses romanos não agiam como mortais, isto é, não tinham como os homens e os deuses gregos, virtudes e defeitos. Por isso não há relatos das suas atividades, como na mitologia grega.
No início da Idade Média, com seu significativo crescimento, o cristianismo absorveu todas as crenças e outras práticas ligadas à religião desenvolvida pelos romanos e passou a ser considerada religião oficial do Império Romano, desta forma  a prática do politeísmo foi, aos poucos, sendo abandonada.
O cristianismo
No período Imperial surgiu em Roma uma nova religião: o cristianismo. Monoteísta, essa religião pregava a salvação eterna, isto é, o perdão de todos os pecados e a recompensa de viver no paraíso após a morte. Seu deus era um só – Deus - e Jesus Cristo, seu filho, era o messias que tinha sido enviado à Terra para difundir seus ensinamentos.
Economia
A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos. Tudo isso para facilitar as trocas comerciais entre as várias regiões. Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo.
Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos, utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da Ásia e do norte da África. O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império.
A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários.
Moeda romana em ouro representando as duas faces de Janus - 225-212 a.C.
O exército romano
As conquistas do Império Romano deveram-se principalmente à firmeza e à disciplina de seus exércitos. A maior unidade de exercito era a legião, que contava com 4.800 soldados cada uma. No apogeu do Império, a Paz Romana era defendida por trinta legiões, ou seja, 144 mil soldados.

Os legionários eram muito hábeis na construção de pontes flutuantes para atravessar os rios. Essas pontes e a capacidade de manter um ritmo de marcha de mais ou menos 32 quilômetros por dia permitiam que as legiões se movimentassem muito depressa. O legionário protegia-se com um capacete e uma e uma couraça. As pernas e os joelhos também tinham proteção. No braço esquerdo usava um escudo de madeira coberto de couro. Nos pés calçava sandálias de couro com pregos de ferro nas solas.

As armas ofensivas eram três: o pilo (tipo de lança com cerca de dois metros), o gládio (espada curta de lâmina pontiaguda com dois gumes) e o punhal.

Gládio romano

Faziam parte também, do equipamento do legionário utensílios e ferramentas (cantil, caçarola, marmita, pá, enxada, foice, etc.), além de alimentos (cereal), roupas e um estojo de primeiros-socorros. Todo equipamento pesava cerca de 40 quilos e era transportado numa espécie de armação de madeira e metal em forma de T.
A maioria dos soldados no tempo do império  eram voluntários, isto é, alistavam-se no exército porque queriam e não porque fossem obrigados. Para ser legionário era preciso ser  cidadão romano e ter pelo menos 1,74m de altura. O candidato quando aceito, ia para um acampamento onde treinava marcha, cavalgada, nado e combate.
        
O coliseu

O Coliseu, em Roma
 Mundialmente conhecido, o Coliseu, construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído, durante o governo de seu filho Tito, é um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga. A parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado; nas três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos, e na quarta, pequenas janelas retangulares.
Os assentos eram de mármore e a escadaria  ou arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a meaniana, setor destinado à classe média; e os pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ficava no podium e era ladeada  pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Por cima dos muros ainda se podem ver as bases de sustentação da grade de cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores. Para evitar problemas nas saídas dos espetáculos, os arquitetos projetaram oitenta escadarias de saída. Em menos de três minutos, o Coliseu podia ser totalmente evacuado. Suas arquibancadas tinham capacidade para 80  mil pessoas.
O Coliseu de Roma foi construído sobre o lago da casa de Nero, a Domus Áurea e ficou conhecido como Colosseo (Coliseu) porque ali foi achada a estátua gigante (colosso) do imperador.  Conta a história que os gladiadores lutavam na arena e que o Coliseu, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões. Para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras, em 80 d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores.
As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de uma clima misterioso e símbolo do Império Romano e da cidade eterna.
Roma hoje
Com uma população de quase 3 milhões de habitantes, Roma é a capital da Itália. Nela situa-se o Vaticano, território independente, sede da igreja católica, e onde reside o papa.

Ao fundo, a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Construída  no século XVII por Bernini, pintor, escultor e arquiteto italiano. A obra apresenta uma perfeição técnica considerada inigualável.


Colunata da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
As praças e ruas do centro histórico romano são consideradas o maior museu ao ar livre do mundo. Igrejas, edifícios, estátuas, monumentos formam um inestimável tesouro de arte e cultura. Milhões de turistas visitam a cidade  todos os anos. Quase 12 mil pessoas, entre técnicos, funcionários da administração, vigias e operários, tem como única ou principal atividade a proteção e a conservação do patrimônio artístico e cultural da cidade. Apesar disso, os edifícios históricos e as obras de arte estão seriamente ameaçados.
Um dos maiores inimigos dos monumentos históricos de Roma é a poluição causada pela fumaça lançada dos veículos. Ela provoca uma reação química que esfarinha as pedras, mesmo as mais duras e resistentes. A velocidade da corrosão já foi até calculada: é de 5 milímetros em cada trinta anos. Esse ritmo vem arruinando baixos-relevos, colunas, portas e esculturas de valor inestimável. O governo italiano está investindo para restaurar esse patrimônio. Mas restaurar não é suficiente: é preciso conservar. Para isso, estão sendo tomadas medidas para que a área do centro histórico romano deixe de ser uma das poluídas da Europa.
O Estágio foi realizado no Colégio Dom Luciano Cabral Duarte. Nos  proporcionando dois horários juntos, que assim facilitou e dinamizou o assunto nas horas abordadas. Os estagiários Jorge Duarte Bomfim e Gustavo Cabral Marins desenvolveram as aulas sobre o capítulo Roma, Cidade Aberta do livro A escrita da história: ensino médio, de Flávio de Campos. Onde explanaram os aspectos políticos, sócio-econômicos e culturais, buscando utilizar a viés da cultura romana pelo fato de ela está intrínseca nas características que ainda perpetua o Ocidente.
No dia 06/10/2010 foi trabalhado em sala de aula o assunto sobre Roma, Cidade Aberta. Na perspectiva da Origem de Roma e Fundação expondo os aspectos da República Romana. Usando fotografias, quadro e o livro didático como recursos para melhor desenvolvermos o trabalho estabelecido no plano de aula. Dentro das competências buscamos caracterizar e compreender a Origem Romana através da Fundação da Cidade. Enumerando e analisando os pontos principais que sobressaem nas heranças e na cultura da República Romana para os dias atuais. Sistematizamos e conceituamos os assuntos abordados em aula para contribuir na formação dos alunos dos conceitos romanos sobre a República Romana.
No dia 13/10/2010 trabalhamos em sala de aula os assuntos, As conquistas Romanas (Guerras Púnicas), Repercussões das Conquistas e A Escravidão. Pedimos que os alunos realizassem exercícios em salas de aula sobre o assunto proposto a fim da aula com a permissão do professor regente. Onde pudessem caracterizar e identificar as heranças das conquistas e da escravidão romana que também influenciou no território brasileiro num dado período histórico. Utilizamos a metodologia sistemática e analítica para melhor entender o processo de como se dava a escravidão romana. Dando continuidade a aula expositiva na segunda hora/aula sintetizamos o Latifúndio e a marginalização da plebe, a tentativa da Reforma Agrária e a crise na república utilizando os métodos descritos acima. Onde se firma a aliança da herança cultural preconcebida por Roma. É importante destacar a relação entre Latifúndio e a tentativa de Reforma Agrária, com isso é necessário salientar como se deu o processo de difusão da herança romana que nos dias atuais está vigente na política pública.
No dia 20/10/2010 conceituamos a Força dos Generais, a formação do Triunvirato e o Alto império – o apogeu (séculos I a.C. – III d.C.). Buscamos contribuir com maior facilidade o entendimento das relações entre eles. Usamos a forma mais acessível ao compreendimento de como se deu as conquistas territoriais e identificamos a importância política no desenvolvimento da Cidade Estado de Roma. Aplicamos exercícios de fixação onde foi discutido e corrigido em sala de aula. A utilização de um mapa (do jogo WAR) sobre os territórios romanos no período dos generais viabilizou o processo do ensino e do saber dinamizado. Nos debates orais sobre o Alto império estabelecemos critérios que contribuirão para o compreendimento do Baixo Império, posteriormente abordado.
No dia 27/10/2010 demos continuidade sobre os critérios que encaminharam ao Baixo império com a aplicação do exercício em sala de aula. Tratando do Baixo Império em detrimento do Alto Império. Identificamos e conceituamos os dois períodos através de sua administração política. Foi através do baixo império que se deu a difusão do cristianismo, com isso ocasionou as transformações políticas e culturais do Baixo Império. Identificamos o politeísmo anterior ao surgimento do cristianismo que determina o monoteísmo quebrando as crenças culturais existentes e evidenciadas através dos templos e dos grandes representantes romanos. Portanto, através da determinação do cristianismo é que perpassa as normas dogmáticas e culturais no Ocidente.

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